A vida é um pau de sebo com nota falsa na ponta?

domingo, 9 de maio de 2010

Gênese da intensidade.

O dia cinza pinta o interior da nossa casa, deixando-a com uma cor de descanso, de preguiça, principalmente quando esta é fruto do amor. E, aqui estamos, deitados. Olhos nos olhos....

É tão bom quando fazemos descobertas, quando amamos descobertos... Das roupas!

O edredom é a única coisa sobre a nossa pele. Lá fora a chuva caí em pingos finos e espassados. A força da "chuvinha" parece imitar o ritmo dos nossos carinhos. Ao pé do ouvido, você me revela algumas coisas que suas pernas, cintura e língua sabem. Depois solta um sorriso lascivo de uma forma especialmente inocente
(você tem o dom de misturar sentimentos antagônicos num gesto e deixar isso ficar magicamente belo. Sinto-me um privilegiado por testemunhar tanta beleza de uma só vez). A chuva começa a aumentar, nossos beijos também. Percebemos uma estranha e misteriosa ligação entre nossas carícias e a chuva.
Você, sempre espirituosa e voluntariosa, pede para que caia um dilúvio, e assim acontece!

Passamos, então, a nos beijarmos no ritmo da chuva, que agora é tempestade.
Penso nos poderes que você têm...
Na forma como mistura tudo.
Na facilidade encantadora com que transforma o impossível em possibilidades palpáveis.
E, assim, começo:
Minha bruxa, minha fada!

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