O vento é o antagonista da madrugada.
Exibicionista, derruba as folhas velhas e frágeis das árvores para arrastá-las pelas ruas com o prepotente intuito de vencer o silêncio.
E o silêncio, é a companhia que eu procuro no fim da noite.
Ouço-o, reconheço-me! Neste encontro secreto, sou o que a luz do dia setenciou como meu avesso.
E a luz é pontual, sabe a hora certa de chegar no oeste. A luz é anunciada pelo vento que permanece com sua obsessão de triunfar sobre o silêncio, seu plano agora é acabar com a alvoradada, para isto, ele sopra ganancioso e muito rápido, a velocidade desmedida provoca um frio, o que permite, ironicamente, a soberania do silêncio.
E quando o vento não sabe mais o que fazer, o silêncio satisfeito, despede-se vitorioso, iluminado pela parte mais bonita do dia: o doce, fugaz e confuso, encontro do sol que chega e da lua que se vai.
É a poesia do universo se exibindo para quem possui a dádiva, a benção, o privilégio de amar e ser amado...
Vivenciando e eternizando a aurora!
terça-feira, 24 de agosto de 2010
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2 comentários:
Parabéns meu caro!
Quero sempre estar perto de você, Dudu, sempre!
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